A pleura é uma fina membrana de revestimento que envolve o pulmão. Ela é formada por duas camadas: uma externa, que fica junto à caixa torácica; e uma interna, que reveste diretamente o órgão.
Entre as duas camadas está a cavidade pleural, que é preenchida pelo líquido pleural. Quando há um acúmulo desse líquido, ocorre o que chamamos de derrame pleural.
Neste artigo, vamos explicar o que é derrame pleural e por que ele acontece!
O que é derrame pleural? O derrame pleural resulta de um desequilíbrio entre a produção e a reabsorção do líquido pleural.
Normalmente, o espaço pleural contém uma quantidade muito pequena desse líquido, que serve para lubrificar a região e facilitar o deslizamento do pulmão dentro da caixa torácica durante a respiração. Quando há um acúmulo de líquido, o derrame acontece.
Ele pode ser de dois tipos:
Transudato: mais aquoso, geralmente não envolve células inflamatórias, infecção ou câncer
Exsudato: é rico em proteínas e apresenta células em decomposição ou células oncológicas.
Quando ocorre o derrame pleural, também pode haver diferentes substâncias entre as camadas da pleura. Alguns exemplos são:
Sangue: quando há lesão no tórax;
Líquido linfático: quando há lesão ou obstrução de um vaso linfático do pulmão;
Pus: em casos de infecção.
Principais sintomas
Os pacientes podem ter vários sintomas, incluindo:
Tosse;
Dor para respirar;
Falta de ar (ao fazer esforços ou em repouso);
Cansaço ao movimentar-se;
Elevação entre as costelas (em casos graves).
Por que o derrame pleural acontece?
Existem vários fatores que levam ao derrame pleural. Alguns deles são:
Pneumonia;
Tuberculose;
Embolia pulmonar;
Doenças cardíacas;
Doenças renais;
Doenças hepáticas;
Neoplasias (como câncer de pulmão, mama e linfomas).
Já que o derrame pleural pode acontecer por vários motivos, é de extrema importância investigar a causa que o acarretou assim que ele for identificado no paciente. Com a descoberta da causa, torna-se mais fácil indicar o tratamento correto.
Exames como raio X de tórax ou tomografia permitem verificar se há acúmulo de líquido pleural. Dependendo do estado clínico do paciente, é necessário retirar uma amostra do líquido, processo feito por punção com agulha ou drenagem com cateter.
Assim, é possível analisar o líquido e definir o que causou o derrame pleural. Se o líquido for claro e aquoso, as causas podem estar relacionadas a condições externas ao pulmão. Já a presença de pus ou sangue tende a indicar infecções, inflamações ou até mesmo tumores na região.
A causa de um derrame pleural pode ser simples e facilmente tratável, mas também pode revelar problemas mais graves. Mesmo quando o derrame pleural é absorvido espontaneamente pelo organismo, é preciso tratar a causa para que o problema não retorne.
Portanto, havendo sintomas de derrame pleural, é fundamental procurar atendimento médico. Caso as suspeitas sejam confirmadas, ele poderá analisar a gravidade do caso, identificar os fatores causadores e indicar a melhor forma de tratamento.