Blefaroplastia
A blefaroplastia não é só mais uma cirurgia plástica da face, mas sim esta é feita separada, devido a sua área ser anatomicamente especial e delicada. Ainda que, esta possa ser feita apenas nas pálpebras superiores ou nas inferiores, ou ate mesmo em todas simultaneamente; e ser associada à cirurgia da face. As pálpebras envelhecidas assumem aspecto de relaxamento da pele associados com a formação de rugas em torno dos tecidos periorbitários, ocasionalmente com modificações da cor da pele apresentando-se escurecidas e por vezes ricas em depósitos de colesterina, formando xantelasmas palpebrais. A idade ideal para realização deste procedimento varia de idade para idade, sendo que a pálpebra a partir dos 35 ou 40 anos a pele começa a sobrar na região da pálpebra. Não havendo uma idade padrão, mas sim pela solicitação do paciente e pelo exame físico minucioso. Estudos demonstraram que a sensibilidade da pálpebra superior pode ser temporariamente afetada após a blefaroplastia. Isto é devido a uma interrupção dos ramos sensoriais do nervo trigêmeo durante a incisão e na dissecção realizada na pálpebra.
Estas bolsas palpebrais podem ser de caráter hereditário, sendo que membros da mesma família podem apresentá-las, embora algumas condições clínicas podem agravar o processo, como a tensão endo-orbitária por tensão arterial maior, infecção dos seios maxilares
e dos demais seios paranasais ou até mesmo, o déficit visual não corrigido condicionando uma tensão permanente dos músculos palpebrais.
No pós-operatório os pacientes que apresentavam as bolsas palpebrais demonstram uma fenda palpebral mais ampla; os olhos se sobressaem à face e a aparência melhora, sendo assim uma cirurgia reconstrutora, retirando-se a pele em excesso e trata músculos afrouxados
proporcionando uma estética melhor. O procedimento na maioria dos casos é realizado com anestesia local, sendo que em
alguns casos pode-se dar uma sedação prévia. A anestesia geral é dificilmente aplicada, somente sobre casos excepcionais como, por exemplo, esta esteja sendo realizada simultaneamente a outras cirurgias. O tempo de internação varia de acordo com o tipo da anestesia que foi aplicada. Com anestesia local o paciente fica internado até 12 horas, e com anestesia geral fica por volta de 24 horas.
O tempo da cirurgia dura por volta de 90 minutos, podendo variar de acordo com os detalhes que podem prolongar ou não o procedimento. O edema varia de acordo com cada paciente e seu organismo, onde há pacientes que no 4° ou 5° dia se encontram com aspecto razoavelmente moderado, outros ficam com o aspecto natural somente com uma semana. Sendo que o “pico” do edema se encontra até o 3° dia de pós operação.
O resultado definitivo só é observado seis meses após a cirurgia, sendo que no 8° dia de pós-operatório já se obtêm 50% aproximadamente o resultado esperado.
Drenagem Linfática manual
Em quase os todos os casos a cirurgia é feita com anestesia local, para ter-se uma orientação quanto à quantidade de pele a ser retirada, solicitando que o paciente abra e feche os olhos. Após a intervenção cirúrgica os olhos do paciente ficam cobertos com gazes durante
algumas horas. Nos primeiros dias é orientada a utilização de compressa fria sobre as regiões. A recuperação pós-operatória é um pouco desconfortável, devido as fases do edema, que chega a seu ponto máximo no terceiro dia.
A DLM possui um dos pilares da terapia física complexa, conhecida pelo método de Foldi. Esta técnica foi publicada em Paris em 1936 pelo Dr. Vodder, e desde então varias contribuições foram acrescentadas. Indicado para qualquer tipo e grau de linfedema, sendo
como objetivo final a remoção do excesso de proteína plasmática do interstício celular, reequilibrando a carga de proteína linfática e a capacidade de transporte do sistema linfático, ou seja, evacuação dos dejetos provenientes do metabolismo celular.
Na DLM as manobras são suaves e superficiais, utilizando-se uma pressão sugerida de 30 a 40mmHg para mobilizar a corrente de liquido que esta dentro de um vaso linfático em nível superficial e acima da aponeurose. Segundo GUIRRO e GUIRRO (2004) a pressão no linfangion pode ser de poucos milímetros, podendo chegar a 100 mmHg nos membros inferiores. Varias técnicas de massagem são denominadas de drenagem linfática e usadas de maneira inadequada, ocasionando prejuízos ao paciente ao invés de melhoras, onde não se deve executar manobras no sentido inverso da drenagem, pois não terá validade. Devido a isto, é importante que o profissional executante saiba deste fato e tenha domínio sobre a técnica para que não haja lesões. A drenagem linfática manual consiste em movimentos de deslizamento sobre o trajeto
dos vasos linfáticos e de compressão nas regiões dos linfonodos. E por este motivo é
indispensável conhecer toda a anatomia das vias linfáticas. O sentido da drenagem na face deve ser realizado com a cabeça posicionada a uma
elevação de 15 a 20° antes da drenagem, com o direcionamento e a pressão acompanhando o da circulação linfática e venosa tanto no tronco quanto nos membros.