O úmero é um osso longo, sendo o maior do membro superior, e se localiza no braço. O Úmero se articula com a escápula proximalmente (formando a articulação do ombro) e se articula com rádio e com a ulna distalmente (formando a articulação do cotovelo). Anatomicamente, o úmero é dividido em três regiões: úmero proximal (ombro), úmero diafisário (meio do braço) e úmero distal (cotovelo).
O úmero proximal é dividido em 4 segmentos, segundo a classificação de Neer: Cabeça, Tuberosidade Maior, Tuberosidade Menor e Colo. A cabeça se articula com a escápula, ajudando a formar a articulação do ombro, a qual possui maior amplitude de movimento entre todas as articulações do corpo. As duas tuberosidades são sedes de inserções dos tendões do manguito rotador, principal conjunto de músculos que dão movimento ao ombro. Já o colo marca o início da transição entre o úmero proximal e o úmero diafisário.
Quem tem maior risco de fraturar do Úmero Proximal? Os principais fatores incluem sexo feminino, idade avançada (3/4 dos casos de fratura ocorrem em pacientes com mais de 60 anos), comorbidades, uso de tabaco/cigarro e álcool, fratura prévia, histórias de quedas e presença de Osteoporose. A fratura do úmero proximal tem relação direta com a evolução da Osteoporose, o que explica a maior incidência no sexo feminino dessa fratura (cerca de 3 mulheres para 1 homem).
Como é feito o Tratamento Conservador? A maioria das fraturas do úmero proximal pode ser tratada de forma conservadora, por meio do uso de imobilização. A melhor indicação é feita nos casos de fraturas com pouco desvio, que correspondem a cerca de 80% de todas as fraturas do úmero proximal. O tratamento é feito com tipoia por cerca de 7 a 10 dias e depois é iniciado com movimentos pendulares, se não houver crepitação no foco fraturário. Se houver crepitação, a imobilização é mantida, sendo sempre realizado o acompanhamento radiográfico. Em torno de 3 a 4 semanas, os exercícios ativos leves são iniciados. Entre 6 e 12 semanas, o paciente pode iniciar alongamentos e exercícios contra resistência leve.O retorno a um arco de movimentos e à função quase normal é esperado após 1 ano.